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Caso fosse vivo, ontem Vergílio Ferreira teria feito anos. É o autor português que mais li: quase todos os romances, parte dos seus volumes de ensaios e grande parte dos volumes que constituem o seu diário. Partilho com ele as raízes da Beira Alta e o sotaque. Ao todo são 70 as entradas, neste blogue, em que o nome dele aparece. Talvez seja, também, o autor mais citado por mim. Gosto da sua escrita e da sua maneira de pensar. Com ele aprendi a nunca recusar pensar. Nunca. E com ele também aprendi: um dia, quando morrer, não sou eu que acabo para o mundo, mas sim o mundo que acaba para mim, pois o mundo só existe se eu estiver vivo.

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