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Vergílio Ferreira é o meu autor português. Se fizessem a pergunta: Saramago ou Lobo Antunes? Responderia: Vergílio Ferreira. Não sei se são as afinidades beirãs (a sua aldeia natal é ali mesmo, atrás da Serra), ou uma afinidade mais existencial. À excepção dos seus três primeiros romances, li todos os outros. Como li também parte dos seus diários e ensaios. Alegria Breve foi lido durante o primeiro mês do Inverno de 2007. Estava em S. Teotónio. Os dias lá pareciam ser ainda mais curtos e as noites ainda mais longas. Ler foi uma maneira de ocupar o tempo. É um livro violento, onde Vergílio Ferreira assume, de uma vez por todas, o existencialismo como o terreno onde passará a movimentar-se. Do livro retive a sua história e uma frase que me acompanha desde então: «O que é preciso é reinventar o começo, ocupar o espaço da inquietação.» (p. 124).

1 comentário:

Andy disse...

sempre bom vir aqui…
obrigada