Um poema de João Moita


V

As sombras no meu ventre são relíquias do tempo.
Não ardas onde não se derrame o ímpeto
e não se apurem as veias que calibram o gosto
do flagelo e dos declives.
É onde a língua sangra.
Esta é a força que conduz o canto.


em Miasmas, Maia: Cosmorama Edições, 1ª edição, 2010, p. 13.