Houve uma altura inocente em que pensava que iria, um dia, ser escritor. Tal facto levou-me a mostrar alguns dos meus contos a alguns dos meus professores. Todos apontaram os defeitos, mas só um apontou uma possibilidade de caminho. E esse caminho poderia passar pela leitura de Carver. Emprestou-me Catedral. Li-o numa semana para o poder devolver ao professor. Entendi que less is more, apesar de, às vezes, ainda me perder no meio de tanto palavreado. Com Carver aprendi que podemos escrever sobre coisas supostamente banais, mas dar-lhe outra dimensão. Carver tem essa capacidade: dizer muito em pouco; tornar o banal em algo de excepcional.
2 comentários:
Os livros que tenho dele são das primeiras traduções da Teorema e recentemente li que não seriam muito fieis ao que teria escrito pelos cortes efectuados pelo editor.
cara redonda:
não entendo o que diz: cortes do editor português ou norte-americano?
é sabido que a esposa de Carver era a sua principal "editora", e que muitos dos contos de Carver foram praticamente "reescritos" por ela.
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