Há muito tempo que digo: sou mais
da Baixa do que da Alta das cidades. Em Coimbra isso confirma-se. Só
que em Coimbra existe uma particularidade (que poucas cidades terão):
a Baixinha. Existe a Alta, a Baixa e a Baixinha. E eu sou, sem
dúvida, da Baixinha. Não tenha nada contra a Alta – que em
Coimbra é sempre associada à Academia e à burguesia –
ou contra a Baixa – mais turística e cheia, ultimamente, de lojas
de recordações a promoverem um país de cortiça. Sou da Baixinha
porque a considero mais à minha medida: ruas estreitas, tascas, o
cheiro a petiscos acabados de fazer, as lojas de comércio
tradicional (onde, por tradição, não faltam as “lojas
dos chineses”). A Baixinha de Coimbra é um local onde se come bem
e se bebe melhor. É um lugar com recantos retirados de filmes, como,
por exemplo, o Largo do Romal, ou a tasca Toca do Gato, onde são servidas sandes de orelheira, que deveriam ser elevadas a património gastronómico da cidade.
1 comentário:
Queres ver que melhorou, a Toca do Gato?
Lá o Figueiredo, no Largo do Romal, outros 500!...
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