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Cada vez mais fina a linha que em poesia é traçada entre o plágio descarado e o plágio encapotado. Depois há a intertextualidade, o pastiche, a colagem, a citação, e por aí em diante. E há ainda o kalkito. O kalkito é aquele poema que lido na voz do poeta que o escreveu, assemelha-se a outro poema que outro poeta escreveu. Não é plágio, não é pastiche, não é intertextualidade, citação ou colagem. É kalkito. E quem um dia brincou com kalkitos, entende o que quero dizer: olhávamos para aquilo, aplicávamos as regras dos kalkitos, colocávamos o kalkito no cenário pré-definido. E aquilo não ficava muito parecido. Mas também não ficava muito diferente.

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