Um poema de Inês Lourenço


Galgos


Um dia correremos como galgos
de narinas frementes e patas loucas
só pela volúpia de correr, galgos
sem ofício de perseguir
sem presa à vista, só gozando
a velocidade vertiginosa da corrida.


em O Jogo das Comparações, Lages do Pico: Companhia das Ilhas, 2016, p. 32.

2 comentários:

maria disse...

as narinas vão "fermentes" ou frementes?

manuel a. domingos disse...

Obrigado pela correcção.