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Há pouco, depois do almoço, pedi factura com número de contribuinte. Admirado, o funcionário que me atendia, perguntou — o senhor já tem idade para ter um número começado por 1? — ao que eu respondi que sim, pois sou contribuinte desde os meus seis anos (caminho para os quarenta e dois), pois sendo o meu Pai contabilista, e logo que eu soube assinar, foi comigo fazer o registo.
     Mas não é tudo. O meu Pai também me ensinou que, a nível de fiscalidade, o Estado não é "pessoa de bem", e nós temos de actuar com ele sabendo, a priori, este facto. O Estado não é pessoa de bem. Cresci com essa ideia. Mantenho essa ideia e, cada dia que passa, essa ideia torna-se mais funda e mais sustentada. O Estado não é pessoa de bem.

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