O homem teve família como tantos homens. E
tinha uma vidraça como tantas casas. Descrever a família de um homem é tão
absurdo como descrever as janelas e as portas de uma casa. Estão ali ― umas
mais direitas do que outras, outras menos abertas do que outras, uns distantes,
outros apenas altos e largos, uns que ficam casados, outras embaciadas.
em Páginas (IV), prefácio de Isabel da Nóbrega, Lisboa: Assírio &
Alvim, 1999, p. 36.
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