1. O camarada Arnaldo Matos escreveu
um editorial (no Luta Popular) cujo
título é Resistência não é Terrorismo.
Até aqui tudo bem. É a sua visão da coisa. Se pensarmos na Resistência
Francesa, podemos concluir: não é terrorismo. Mas também podemos pensar: “depende
do lado em que estamos”: o que nos levaria a uma conversa muito longa. No
entanto, tudo muda quando o camarada Arnaldo Matos diz: «os actos de
resistência dos povos explorados, oprimidos e agredidos não são actos
terroristas; são actos legítimos de guerra, sejam praticados na frente de
combate, se houver frente de combate, sejam praticados no interior do país
imperialista agressor, como sucedeu nos ataques levados a cabo em Nova
Iorque e em Washington, em Paris, em Londres, em Madrid ou em qualquer outro
lugar onde o imperialismo possa ser atacado pelos povos agredidos, como ocorreu
anteontem em Nice.» (o sublinhado é da minha responsabilidade). Considerar
como um acto de resistência o atentado de Nice, ou todos os outros referidos, é
pura e simplesmente uma grande irresponsabilidade. Ou, então, uma grande imbecilidade. Mesmo para alguém que pediu morte aos traidores.
2. A Turquia de Erdoğan suspendeu a
Convenção dos Direitos Humanos. As convenções são como os dias mundiais disto e
daquilo: parecem coisas demasiado óbvias para serem convencionadas ou para
serem relembradas no calendário. Mas, verdade seja dita, ainda bem que existem,
pois anda por aí gente muito esquecida. A Turquia de Erdoğan suspendeu algo que
há muito estava em causa naquele país. Se dúvidas havia em relação a Erdoğan,
todas elas ficam agora desfeitas.
1 comentário:
O camarada Arnaldo Matos escreve imbecilidades desde o longínquo PREC (ou talvez antes). Nesses tempos, devia ser levado a sério, e tinha uma missão a cumprir. Agora, vá-se lá saber ... Manuel Filipe.
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