para o Américo Rodrigues
É noite e chego da
cidade, da sua melancolia. Trago na roupa histórias para contar, o cheiro dos
cafés, as marcas dos bares onde me encostei. Nas pontas dos dedos também o lume
aceso do assombro, a distância que vai daqui-ali. As ruas são os candeeiros que
as iluminam, os olhos que olham do outro lado da janela, atrás de cortinados
envergonhados. Cruzo-me com alguém (ou algo, não sei ao certo) que me crava um
cigarro. Não fumo, embora traga comigo todo o catarro do mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário