Correm os rumores: o último
livro de Herberto Helder está à venda nas superfícies comerciais de uma grande
cadeia de hipermercados. Se o rumor for verdade, confirma-se, também, aquilo
que há muito é visível: Herberto Helder é uma vedeta. Vedeta, como sabemos (depois de Debord nos ter ensinado), é a
«representação espectacular do homem vivo»[1]. Depois da operação de marketing desenvolvida – uma operação ao melhor
jeito português: agressiva e parola –, confirma-se, ainda, a banalização
daquele que muitos consideram o maior e melhor poeta vivo português. Dito isto,
cito novamente Debord: «A raiz do espectáculo está no terreno da economia
tornada abundante, e é de lá que vêm os frutos que tendem finalmente a dominar
o mercado espectacular, apesar das barreiras proteccionistas ideológico-policiais,
qualquer que seja o espectáculo local com pretensão autárquica.»[2].
2 comentários:
Deve ser só rumor...
não é rumor
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