para o Jorge Fallorca, em memória
O Sul. Sempre o Sul. E logo agora, Jorge, que vim parar ao Norte. Aqui o vento sopra forte e é bafiento. Mas isso já tu sabes, Jorge. Escreveste-o algures. Dizias que tinhas ido para o Sul para fugir do vento do Norte e dos padrecos. Ou algo parecido, já não sei precisar. Um dia quero viajar pelo Sul como tu. Sempre que te leio, o Sul entra-me pela janela dentro (desculpa-me a semelhança ao Al Berto). Já conheci uma pequena, muito pequena, parte do Sul: Silves, Sevilha, Tarifa, Ceuta, Tetouan, Chefchaouen. Andei pelo Alentejo com o sol a bater-me na cara, enquanto Naseer ressoava na minha cabeça. O Sul, Jorge. Um dia havemos de nos encontrar nele.
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