Aqueles que exortam o homem a ser "altruísta" acham que têm muitíssimo a dizer. E o que entendem eles por isso? Qualquer coisa de muito semelhante a "renúncia a si mesmo". Mas quem é este "si mesmo", que tem de ser renegado e não pode ter interesses? Parece que deves ser tu próprio. E que interesse se esconde por detrás da exortação altruísta à renúncia a ti mesmo? É também teu interesse e proveito, para que tu, por altruísmo, alcances o teu "verdadeiro interesse".
em O único e a sua propriedade, tradução de João Barrento, Lisboa: Antígona, 2004, p. 54.
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