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Viemos até Manteigas passar uns dias. No Sábado fui à Guarda, essa cidade cada vez mais distante, mas mais firmada na memória. E dei por mim a andar pelas suas ruas, sozinho. Muitas vezes por elas andei, sozinho. Nunca precisei de companhia, embora muitas foram as vezes que a procurei. Não deixou de ser estranho, para mim, deambular pelas ruas passados tantos anos. Vivi na Guarda entre 1992 e 2000. Depois: entreguei-me ao nomadismo. As ruas, desta vez, pareceram-me mais pequenas, mas menos acolhedoras. As memórias povoaram as suas pedras. Entrei no carro e deixei tudo para trás.

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