meia-noite todo o dia
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Para esta senhora, de nome Ângela Silva, o que conta, em Democracia, são apenas os líderes de dois partidos. Pelos vistos mais nenhum partido conta. Talvez, para esta senhora, os outros partidos estejam a mais.
Indignar-me é o meu signo diário
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O discurso de Trump em relação à designada "guerra comercial" é muito idêntico ao seu discurso sobre a pandemia e sobre a gestão desta nos EUA. E os americanos sabem qual foi o resultado: 1.023.802 de mortes.
Fernando J. B. Martinho (1938-2025)
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Aquando da organização do livro "Ainda não é tarde e Outros Poemas" (Medula, 2021), de António José Fernandes, o poeta Ricardo Marques colocou-me em contacto com o professor Fernando J. B. Martinho, que no seu livro Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50 tinha escrito sobre o misterioso autor. O professor Fernando J. B. Martinho foi de uma simpatia inexcedível, mostrando-se muito disponível para o esclarecimento de toda e qualquer dúvida que me surgiu no decorrer da escrita da introdução para o livro de António José Fernandes. Sem ele, a introdução teria ficado muito mais pobre.
Versões: Shinpei Kusano
Conversa
numa noite de Outono
está frio, não
está?
ah, está frio.
os insectos
estão a chorar, não estão?
ah, os insectos
estão a chorar.
daqui a nada
vão para debaixo de terra, não vão?
debaixo de
terra é mau, não é?
estás mais
magro, não estás?
onde achas que
te dói?
talvez no
estômago?
se tirarmos o
nosso estômago morremos, não morremos?
não queremos
morrer, pois não?
está frio, não
está?
ah, os insectos
estão a chorar.
em Modern
Japanese Poetry: One Hundred Years, a partir da versão inglesa de Haider Ali Khan,
p. 47
Escadas de metal, Rua Luciano Cordeiro, Lisboa, 05 de Abril 2025
Versões: Raymond Carver
Chuva
Acordei esta
manhã com
muita vontade
de ficar todo o dia
na cama a ler.
Combati-a durante um minuto.
Depois pela
janela vi a chuva.
E desisti.
Entreguei-me por completo
à guarda desta
manhã chuvosa.
Cometeria os
mesmos irremediáveis erros?
Sim, dessem-me a
oportunidade. Sim.
em Where Water Comes Together With Other Water, Vintage Books, 1985, p. 72
Árvore e escada, Março de 2025
Um dos extractores do prédio, Lisboa, 03 de Abril 2025
Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, Julho 2024
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CPLP
Algo que nunca irei entender é o preço dos livros, em Portugal, de editoras brasileiras. Um exemplo: o livro "A luta de classes", de Domenico Losurdo, custa no Brasil R$ 97. Em euros dá 15,62 €. Mas em Portugal o preço do livro é de 33,62 €. E o mesmo talvez aconteça no Brasil em relação aos livros publicados em Portugal. Penso que o acréscimo será devido às famosas tarifas alfandegárias. Mas, o Brasil, "país irmão" (como é costume dizer), não faz parte da CPLP? Portugal não faz parte da CPLP? Um dos princípios da CPLP é a "promoção da cooperação mutuamente vantajosa". Onde está ela, ao nível editorial, para os leitores?
Meter medo - João Rodrigues
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Maria João Marques, colunista do Público e comentadora na SIC, decidiu brindar-nos com esta frase na sua recente coluna no jornal Público. A soez insinuação de que a esquerda é apologista de agressões e violações, ou que as desvaloriza, não é novidade nesta senhora. Em 2024, a propósito da libertação de Assange, escreveu na rede social X: "(...) a extrema esquerda está a celebrar um muito provável abusador sexual.". Maria João Marques é um bom exemplo do vazio que ganhou palco e debita "opinião".
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Tenho visto por aí muitos comentários de malta que está sempre muito preocupada com o PCP. Dizem que o PCP tem de evoluir pois não vai lá com este tipo de discurso, porque o PCP faz falta e não é bom se desaparecer do parlamento. Para essa malta tenho uma simples pergunta: e votar no PCP? Votam?