(...)


Bebo o primeiro café do dia sobre o vale. Um denso nevoeiro progride sobre a vila. A chuva parou há pouco. Os sinos das igrejas marcam as nove. Sobra demasiado tempo ainda para nada.


§

Ao balcão a esta hora há quem beba imperiais traçadas com Martini. Ou um copo de vinho tinto. Ou um moscatel. Aventurei-me num descafeinado pois o coração não está para grandes conversas. Numa mesa ouço alguém dizer "o habitual!".

§

Da janela do café os mortos observam-me.

Sem comentários: