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Noite. Uma leve chuva nos vidros. A televisão quase sem som onde também chove. Tenho uma manta sobre as pernas. Os pés frios. Não tenho nada para dizer que possa redimir pelo mais alto. Apenas que escrevo nesta noite de Janeiro que parece durar já muito tempo. E como sabemos o tempo nada tem de relativo.

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Tenho lido pouco. Ainda assim: leio. Mas confesso que já li mais muito mais. E cada vez que leio sou confrontado comigo mesmo. Penso "como posso eu dizer que escrevo?". Ler os outros também traz esse confronto: saber que ficarei sempre aquém.

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Tive sorte com os meus contemporâneos.

1 comentário:

Transhümantes disse...

...possivelmente aqueles que tu lês também ficaram aquém.e isso é bom!

abraço ;)