Padre Manuel Antunes


Ouso interpretar. De resto é essa uma das funções, senão a principal função do intelectual na cidade. Para além, claro, da missão de defender o seu próprio ideal e as suas próprias opiniões, mesmo quando esse ideal e essas opiniões não vão ao sabor dos senhores da hora. O intelectual não deve ter medo de ser ou parecer diferente dos outros, de querer escapar ao nivelamento universal em que, por via de regra, esses mesmos senhores pretendem razoirar os que, de uma certa forma, lhes estão sujeitos.


em Repensar Portugal, Lisboa: CLEPUL, 2011, p. 29.

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