Memória futura (2)


A cobardia sempre foi algo que existiu. Nada se pode fazer contra ela. Há aqueles que são cobardes por natureza, isto é, nada podem fazer contra isso; é algo que lhes é natural, como ter olhos castanhos ou azuis. Depois há aqueles que são cobardes conforme a situação, isto é, escolhem a cobardia se for do interesse deles, se disso conseguirem retirar alguma vantagem. Este último tipo de cobardia, nos dias de hoje, transparece, ainda mais, com o advento das redes sociais, com a sua massificação, tendo em conta que este último tipo de cobardia foi tornada pública. Isto é: da mesma maneira que sabemos quem está connosco, ou quem está contra nós, também sabemos quem decidiu não estar connosco e quem decidiu não estar contra nós. Só que este acto de não estar faz parte duma estratégia. E não há nada pior do que uma cobardia pensada, calculada. A verdade é que esse género de cobardia ganha um outro nome: filha-da-putice. 

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