Cheguei a este livro, e a este poeta, através da antologia Sempre disse tais coisas esperançado na vulcanologia – 12 poetas dos Açores, com organização e notas de Emanuel Jorge Botelho, e posfácio de Luís de Miranda Rocha. A poesia de J. H. Santos Barros era-me completamente desconhecida. Há pouco tempo, numa visita a um alfarrabista, encontrei o livro cuja imagem se reproduz. Confirmei as minhas suspeitas: Santos Barros é um poeta comprometido com o seu tempo, com as suas raízes e com ideais políticos. O poema Humidade (que na verdade são quarenta poemas) expressa toda a questão da insularidade (Santos Barros é açoriano): «Lugar de vida ou de morte/lugar de estar e resistir/lugar entre parênteses/lugar de gargarejar/pequenas bolhas sólidas/do fundo dum novo mundo» (p. 81). Um poeta que vale muito a pena (re)descobrir.
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