1. A Liberdade é uma coisa muito bonita. Sou o primeiro a defender a minha. E, devido a isso, considero que o maior erro das chamadas (ou auto-intituladas?) forças progressistas seja o quererem, à força de Lei e de Decretos, defender a Liberdade dos outros. Contudo, quando o “progressismo” lhes bate à porta, aqui del-rei que me querem privar da minha liberdade. O maior erro, quanto a mim, é considerar que os outros não são capazes de se defender a si mesmos. Resumindo: que são uns incapazes, e que temos de ser nós, os “progressistas”, a defendê-la. O problema é que a minha liberdade não é a tua liberdade, mas não defendo que a minha liberdade termina onde a tua começa. Não. Considero que o meu “círculo” de liberdade se pode juntar ao teu e, dessa maneira, a minha liberdade e a tua ser aumentada. É claro que isso coloca vários problemas e várias questões, que deverão ser sempre (quanto a mim) resolvidas através do diálogo e do respeito mútuo, algo que sei ser muito difícil. Todavia, penso que não é à base de decretos que lá vamos. Não. Tentar regular a Liberdade é o mesmo que tentar regular o tracto intestinal: ou sai demasiada merda ou fica tudo entupido.
2.
O famigerado caso de Ponte de Sor é um bom exemplo daquilo que a
comunicação social não deve fazer. Dar tempo de antena aos filhos
do Embaixador do Iraque é, no mínimo, questionável. É claro que
existem as audiências, a publicidade e todas essas questões. Mas há
uma investigação a decorrer e a defesa/acusação de alguém não
deve ser feita nos canais de televisão, ou nos jornais. É claro que
que não é a primeira vez que tal acontece. Temos tido nos últimos
anos bastantes casos mediáticos que foram “julgados” na chamada
praça pública. Tal facto poderá ter condicionado os tribunais.
Talvez. Não sou jurista.
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