Rui Knopfli



Poetas há que estão esquecidos. Outros: são remetidos ao esquecimento. A diferença penso que é óbvia. Enquanto os primeiros estão esquecidos porque o tempo se encarregou de tudo, os segundos são remetidos ao esquecimento, porque, talvez, a sua voz não interesse, ou tenham sido inconvenientes e, o tempo, ainda não teve tempo de se encarregar de tudo; assim, gente há que se encarrega de fazer aquilo que o tempo ainda não fez (e desculpem a repetição). Penso que Rui Knopfli enquadra-se no segundo grupo. É, sem dúvida, um poeta remetido ao esquecimento e ao silêncio. E, sinceramente, desconheço a razão, ou razões. Encontrar a sua Obra Poética (INCM, 2003) é uma tarefa difícil, e penso que seria obrigação da Imprensa Nacional-Casa da Moeda reeditá-la. Embora eu não queira obrigar ninguém a nada. A bem da verdade, cruzei-me com a sua poesia demasiado tarde. Foi em 2007 e estava, esse ano, a trabalhar algures. Li, numa semana, toda a sua poesia (reunida na obra já citada). Tudo graças a uma Biblioteca Municipal. 

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