— No
fundo o mandamento deveria ter sido: Conhecei-vos uns aos outros.
Conhecei o próximo como a vós mesmos... O amor viria depois, na
razão inversa ao conhecimento...
— Viria?
— O
homem nem o conceito de Sócrates do “conhece-te a ti mesmo”
seguiu, quanto mais o mandamento divino! Nem ama o próximo, nem
conhece o próximo, nem se conhece a si!
(…)
— E
deixem-me que lhes diga que isto de amar por “mandamento”, ser
necessário um mandamento para amar... o próximo, o nosso vizinho,
os nossos irmãos... sempre me pareceu suspeito....
em Viver com os outros, Lisboa: Portugália, 2ª edição, 1965, p. 73.
Sem comentários:
Enviar um comentário