Isabel da Nóbrega


No fundo o mandamento deveria ter sido: Conhecei-vos uns aos outros. Conhecei o próximo como a vós mesmos... O amor viria depois, na razão inversa ao conhecimento...
— Viria?
— O homem nem o conceito de Sócrates do “conhece-te a ti mesmo” seguiu, quanto mais o mandamento divino! Nem ama o próximo, nem conhece o próximo, nem se conhece a si!
(…)
— E deixem-me que lhes diga que isto de amar por “mandamento”, ser necessário um mandamento para amar... o próximo, o nosso vizinho, os nossos irmãos... sempre me pareceu suspeito....


em Viver com os outros, Lisboa: Portugália, 2ª edição, 1965, p. 73.

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