Olho para as estantes cheias de livros. Pensava que tinha levado
para Coimbra todos os livros de poesia, mas ainda aqui descubro alguns. Estavam
ali no meio dos romances e ensaios que aguardam transferência, mas que por aqui
irão ficar durante algum tempo. E surge, inevitavelmente, a pergunta: valeu
a pena comprar tanto livro? É uma pergunta recorrente. Afinal, serviram para
alguma coisa? Talvez tenham servido para alimentar uma certa vaidade, que foi
crescendo, inevitavelmente, com a necessidade de ler. Mas terá sido mesmo uma
necessidade?
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