Turn my head
Into sound
My Bloody Valentine
Horas e horas a andar pelas ruas. Nevoeiro. Frio. O
sobretudo ajuda, mas o frio entra nos ossos. Não há como evitar. Só atenuar.
Entro num café. Peço algo quente. Uma aguardente velha aquecida resulta sempre.
Gosto de a beber de pé, junto ao balcão. Um dia mais tarde irei escrever um
poema sobre esse lugar: o balcão. Mas isso é outra estória. Um dia pode ser que
a conte. Saio do café e prossigo com o passeio. Só que andar ao frio, por entre
o nevoeiro, não é bem um passeio. É uma espécie de necessidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário