Uma massa uniforme e anónima de gente enche a sala de espera do Centro de Emprego. De senha na mão (com um número que nunca irão memorizar) e atentos ao sinal sonoro que sai do ecrã com números e letras, esperam a sua vez. A cada blimp confirmam o número que seguram na mão, pois só há duas senhas de tolerância. Não se consegue distinguir velhos de jovens, tais são as caras de pasmo e derrota.
1 comentário:
...Portugal profundo dos subúrbios em nuances de cinzento onde escassos raios de luz pedem licença para entrar.
(e com isto pretendia apenas dizer que se isto permitisse colocar uma imagem, a que vi assim que acabei de ler o teu texto, seria somente "sem comentários:" - com os dois pontos incluídos seguidos de um imenso espaço em branco)
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