A minha admiração por Paulo da Costa Domingos é conhecida. Gosto do poeta e do editor. Gosto, também, do escritor. É claro que o poeta também é escritor. Digo escritor pelo simples facto de Paulo da Costa Domingos não ser romancista. Narrativa não é um romance. É um relato autobiogáfico. Começa: «Nem me lembro de ter nascido. Estou aqui desde sempre. Faça-se de conta que nada disto aconteceu.» (p.7). O livro está dividido em três partes e um anexo (que tem o interessante título de Roque - prolegómenos a uma história cultural do segredo no século XX português). É um livro que se lê muito bem: «Isto para dizer que cada livro punha-me momentaneamente no exacto centro do Universo.» (p. 69).
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