Mas nem tudo é mau. O Bairro dos
Olivais, por exemplo, ainda hoje é um local bastante aprazível. A primeira vez
que ouvi falar do Bairro dos Olivais foi num poema de Assis Pacheco. Depois,
mais tarde, conheci-o. Não há melhor maneira de conhecer um bairro – ou qualquer
outra parte de uma cidade – do que a pé. É um bairro calmo, com boa luz. As
casas são grandes moradias, com enormes janelas. É claro que também há prédios.
O silêncio, nas manhãs de Domingo, é acolhedor. Tem árvores que projectam uma
sombra que é diferente de todas as outras sombras dos outros lugares que conheço e que têm árvores que projectam sombra. Sim: as sombras não são todas iguais; depende
muito da luz. E a luz no Bairro dos Olivais, para além de boa, é diferente.
Será, talvez, a única parte da Alta da cidade que me agrada.
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