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Houve uma altura em que o vício chamava por mim. Foram noites longas. A fada verde acompanhava cada um dos meus passos. Li-o, pela primeira vez, numa tarde de Verão, na varanda da casa em Manteigas. Para mim poesia era, naquela altura, os versos que aprendia no Liceu. Os poemas em prosa de Baudelaire deixaram-me completamente banzado. Durante muito tempo não me saíram da cabeça. Até ao dia em que alguém me emprestou As Flores do Mal. Spleen, para mim, era parte de um título de um álbum dos Dead Can Dance. Soube, mais tarde, que afinal também era outra coisa.

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