Rui Caeiro




São poucos os poetas que me fazem (tentar) comprar todos os seus livros. Mas, verdade seja dita, são poucos os poetas, nesta província de Paris (para relembrar Eça) que escrevem como escreve Rui Caeiro. E, a bem da verdade (desculpem a repetição), ainda bem. Rui Caeiro é um poeta discreto. Ou melhor: tenta ser discreto, mas leitores como eu não o deixam. Nos seus livros existe um enorme gosto pela vida, mas sem deixar que esse gosto se intrometa numa verdade absoluta: a vida é absurda, e, muitas das vezes, uma boa filha da mãe. A ideia de Deus, em Caeiro, atrai-me particularmente. Mas não vou estar para aqui a dissertar sobre isso. Leiam os seus livros. E pronto.

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