Levo comigo Kerouac. A estrada é uma linha, apenas isso. Prolonga-se para lá do longe, da distância. Olho em frente. Sempre. Para trás fica a paisagem reflectida no retrovisor. Tenho o luxo de ter carro. De me poder deslocar para aqui, além e acolá. Perder-me. Já me aconteceu. Perdi-me em estadas nacionais, secundárias e municipais. Nunca fui muito de global positioning system. Perfiro, sem dúvida, perder-me, dar comigo algures a olhar para algures, ou para nenhures. Olhar, sempre. Portugal não é o Midwest. Mas está, de certeza, a meio caminho de algo.
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