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Passo os dias a ouvir jazz. Leio poesia. Venho, por vezes, aqui. Preparo as refeições. Lavo a loiça. Não me esqueço da roupa na máquina de lavar. Vejo os dias passar. Do terraço dá para ver isso muito bem. Às vezes vou até à cidade. Ao centro. Passeio pelas ruas. Entro em livrarias. Demoro-me só numa. A maior parte das vezes não trago livros. Tenho em casa uma boa quantia que deveria ler antes de comprar mais algum. Cada vez compro mais poesia e menos romance ou ensaio (embora, de momento, ande a ler Hannah Arendt). Mails: recebo poucos. Cartas: menos ainda (essencialmente contas para pagar). Às vezes digo a brincar: ninguém escreve ao Manel: numa fácil alusão ao livro de Garcia Marquez. Leio, cada vez menos, blogues. É a vida.

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