Falemos da noite sem esquecer os cavalos que galopam durante o dia. As veias vibram ao som dos primeiros acordes e pouco há a fazer. A noite. Foi isso que aqui nos trouxe. Mas não nos podemos esquecer dos cavalos que galopam durante o dia. Já o tinha dito? Começávamos a ganhar outro jeito ao beijar. Tu seguravas o cigarro como quem segura a vida, embora nunca tenhas aprendido a segurar a vida. Sempre andaste nela sem pensares o que nela poderia acontecer. Acontecer-te. Aqui estamos. A noite e os cavalos, agora, também por aqui andam. Ouço os seus cascos. Sinto-lhes o respirar. Começam a galopar. Pelo corredor fora. Pela noite. Começo a ser repetitivo. É melhor ficar por aqui.
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