com um abraço: António Baeta e Manuel Ramos
Quando estive um ano a trabalhar
em Silves, duas pessoas – que logo, logo se converteram em bons amigos – deram-me
a conhecer a poesia de Al-Mu'Tamid, o rei-poeta. Às vezes lembro-me do terraço
da casa onde vivia, de contemplar o Castelo ao longe, o grande laranjal pelo
meio e o seu aroma que invadia o ar. Muitas vezes pensei no rei-poeta, que
muitas vezes deve ter passeado pelas margens do Arade, bebendo dos seios das
suas amadas o mel da prosperidade e da paz. Às vezes, quando ouço a música de Anouar
Brahem, sou transportado para esses dias, para esse terraço. Sinto o
aroma das laranjeiras e grito bem alto: «Saúda, por mim, Abû Bakr, / os
queridos lugares de Silves / e diz-me se deles a saudade / é tão grande quanto
a minha.»
4 comentários:
Um grande abraço, com saudade, meu caro amigo.
Saudade dos lugares, saudade dos amigos ou das "noites (...),
Lá no remanso do rio,
Nos jogos do amor
Com a da pulseira curva
Igual aos meandros da água
Enquanto o tempo passava..
E me servia de vinho:
O vinho do seu olhar
Às vezes o do seu copo
E outras vezes o da boca.(...)
Abraço.
Também foste contaminado pelo Arade; e não há cura, felizmente :)
António e Manuel: abraço!
Jorge: podes crer!
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