Knut Hamsun


Passou fome. Foi condutor de eléctricos entre outras profissões. Prémio Nobel da Literatura. Simpatizante nazi. Cheguei a Hamsun através de Bukowski, que era um admirador confesso do escritor norueguês. Li Hunger em inglês e depois em português. Pan e Victoria foram os seguintes. Tenho lá outro romance, em inglês, à espera para ser lido; mas confesso que tenho a secreta esperança que seja publicado em Portugal, pois a minha edição inglesa tem umas letras muito pequenas e um espaço entre linhas quase inexistente: Growth Of Soil. Há quem diga que é um escritor "datado". Relembro as palavras de Thomas Bernhard: «Durante décadas as pessoas não lêem o Hamsun e depois ele volta. Isso passa-se com todas as pessoas. Mas está com certeza, com toda a certeza, escrito conscientemente de uma forma que ainda daqui a cem anos se pode ler.». E está tudo dito.


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