Poderia dar a este texto o título “Da hipocrisia”, mas achei que era demasiado forte, mesmo para uma pessoa que escreve as coisas que eu escrevo sem, muitas vezes, pensar no assunto e nas consequências. Vem isto a propósito do Facebook e das amizades. Um dia o Rui Costa disse-me que aquilo não era o Facebook, antes um “Fakebook”. É claro que não foi ele que inventou o termo, mas adiante. A questão está no seguinte: coloquei no “meu” mural do Facebook ligação ao texto do Henrique, a este e àquele do Pedro Afonso. Começo a ver os “likes” a cair como tordos. E depois reparo que algumas das pessoas que colocaram “likes” nas ligações que fiz, são (no Facebook) “amigas” do Senhor Jorge Reis-Sá. Ora alguma coisa não bate certo aqui. Como já vai sendo hábito, isso não é novidade nenhuma. Não quero controlar as "amizades" ou as conveniências de ninguém. Mas gosto que a bota bata com a perdigota.
1 comentário:
Manel,
Estou profundamente chocado. Não conhecia o Rui Costa, apesar de ser desta cidade que se degrada e não dá esperanças aos seus, mas conhecia-lhe a poesia, os blogues, a amizade contigo e com o Henrique... e tinha a minha idade.
É horrível, é trágico, nada mais posso dizer. Perdoa-me o lugar-comum, mas tenho um nó na garganta, e julgo que mais palavras só serviriam para adensar o tom lúgubre deste comentário. Quanto ao resto, é a escumalha que teima cruzar-se connosco, sem pedir licença, nas ruelas desta vida. Ratos do esgoto mais pútrido, infecto. Essas cloacas humanas que vão subindo à custa de cadáveres (conheço-os eu muito bem, apesar dos 39 já passei por muito, e por vezes dei por mim a pensar no pior).
Um abraço,
André
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