chegas de novo a casa
e guardas do tempo a fuga
marcas outra vez os dias
para abrir feridas
como se viesse dos pássaros a acusação
de não saberes medir esquecimentos
respiras até à dor para não sentires mais nada
em Exercícios para endurecimento de lágrimas, Lisboa: Língua Morta, 1ª edição, 2010, p.26.
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