John Fante



Uma pessoa lê livros e esses livros trazem com eles outros livros e assim sucessivamente até o leitor ficar cansado de fazer este exercício. John Fante chegou até mim através da leitura de Charles Bukowski – que considerava Fante uma espécie de deus vivo. Mas não foi um livro de Bukowski que me trouxe os livros de Fante. Foi uma outra pessoa, que vendo a minha paixão por Bukowski me aconselhou a leitura de Fante. Penso que cá, em Portugal, só estava traduzido A Confraria do Vinho, que não é um dos melhores livros de Fante. Não vou falar muito deste autor norte-americano que acabou a vida numa cadeira-de-rodas, sem as duas pernas devido à diabetes e cego. Sei que um dia (ou terá sido uma semana?) jantei laranjas como Bandini fez, salvo-erro, no Ask the Dust. Ao outro dia a vesícula chamou-me a atenção. Fiquei a saber, a partir daí, que a Literatura não é coisa para meninos.

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