Vamos ser felizes
Vamos ser felizes por um instante, vida,
mesmo que não existam motivos para isso, já que o mundo
é um balão de gás letal, e a nossa história
um filme rasca de bruxas e vampiros.
Vamos ser felizes porque sim, para que depois escrevam
na nossa sepultura o seguinte epitáfio:
«Aqui jazem os ossos de uma mulher e de um homem
que, não se sabe como, conseguiram ser felizes
dez minutos seguidos.»
Luis Alberto de Cuenca, «Vamos a ser felices», De Amor y de Amargura, Edição, selecção e prólogo de Diego Valverde Villena, Sevilha: Renacimiento, 2003, p. 114.
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