Os livros amontoados na estante.
Uma certa desordem que me agrada. Abro a janela. Começa a entrar o dia. Um galo.
Um gato. Um resto de sol. Lembro um livro que fala de um Outono algures numa
Alemanha perdida: «nada do que é exprimido pode parecer mais carregado de ameaças
do que aquilo que o não é.» (Stig Dagerman). Há muito que procuro uma definição
para tudo isto. Talvez a tenha encontrado.
1 comentário:
"Um galo. Um gato. Um resto de sol."
O galo, que meu pai nunca quis matar. Morreu de velho.
O gato, que dorme, depois de me ter afastado do fastidioso teclado.
O resto de sol, que me resta.
José Pascoal
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