You fear the lesson
And fear to walk
And fear to pass on
Your fear to talk
Bauhaus
Sobravam os dias. Tudo à nossa
volta era a ruína de um tempo que sabíamos não ser o nosso. Mas que tempo,
afinal, nos pertencia? Era essa a principal questão. E sei que nos
juntávamos num sótão. A desculpa eram as explicações de Filosofia e a prova
específica que nos poderia condicionar a entrada na faculdade. Entre Kant e
Hegel preferíamos Nietzsche: «A ventura da minha existência, porventura a sua
singularidade, consiste na sua fatalidade». O que sabíamos nós de tudo isso? O
que era, afinal, a existência? Tínhamos 17 anos. Seria essa a nossa fatalidade?
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