Tenho uma esofagite. Tal
facto torna a minha relação com o café complicada. Mas, adiante. Parafraseando
Guy Debord, posso dizer que aquilo que sem dúvida me marcou a vida inteira foi
o hábito de beber café, cedo contraído. Deve ser uma das lembranças mais sensitivas
que ainda hoje tenho: o cheiro do café em casa dos meus avós maternos. O ritual
que era beber café e comer pão com marmelada. É claro que no início pouco ou
nenhum café eu bebia. O grande salto deu-se por volta dos 13 anos quando bebi a
minha primeira bica. Depois disso foi um crescendo. Quando comecei a trabalhar
o hábito de beber café aumentou exponencialmente. Há quem diga que não consegue,
durante a manhã, funcionar sem a primeira bica do dia. Eu vou mais longe: não
funciono, durante a manhã, com ou sem café. Continuo, apenas, a bebê-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário