«Apanhou a concha e examinou-a. Era perfeita a forma e não se via uma única beliscadura nas suas bordas de uma finura delicada. Pensou que daria uma bela prenda e meteu-a no bolso.»
em O Tumulto das Ondas, tradução de Manuel Resende (a partir a versão francesa), Lisboa: Relógio D'Água Editores, colecção Universos Mágicos, 1ª edição, 1987, p. 68.
5 comentários:
A frase final desse livro é a minha frase final preferida de todas as frases finais que tive a oportunidade de ler.
Melhor prenda é difícil, aliás já guardei muitas a pensar no mesmo.
~CC~
Lembrei-me agora que alguém ficou com o meu exemplar de "O Tumulto das Ondas"! Nunca mais empresto um livro!
A minha obra preferida de um dos meus escritores preferidos! Lindo! Tinha 15 anos quando li o Tumulto das Ondas: cheguei a acreditar na inocência de um grande amor!
Das obras de Mishima publicadas em português, tenho para ali o "Depois do Banquete" ainda por ler. Não consigo. Depois fico sem mais nada dele para ler.
Oh José quando é que organizamos um grupo para obrigar à republicação da tetralogia "O Mar da Tranquilidade"?!
Quanto ao meu preferido hoje em dia, penso que seja "O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar". A frase final: "A glória, como vós sabeis, é uma coisa amarga."
Mar da Fertilidade! Onde é que eu fui buscar a Tranquilidade?!
Não li a tetralogia, pelo que sou a favor da reedição. Tenho o 1º volume, mas as letras são muito pequenas, e eu já sou pitosga.
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