O leitor diria a última ceia
Desacredito das grandes coisas da vida
o amor deus a mesa posta algum
grito se a mesa vazia dia sobre dia
e até a morte a morte
coisa nobre com que o corpo não perde aposta
se a mesa vazia dia sobre dia
e a noite cada noite a mesa vazia
a morte coisa nobre não é mais morte
andam a fazer da morte amparo da vida
e eu poeta que desacredito ora das grandes coisas da vida
e o amor onde o deixei?
se a mesa vazia e ninguém vem.
em Clave do Mundo, s.l.: Sombra do Amor, 1ª edição (nº. 74 de 125 exemplares numerados e assinados pelo autor), 2007, p. 91.
1 comentário:
Gosto tanto deste poema. Modéstia à parte, claro.
Força!
Ana Isabel Milhanas Machado
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