James Wood está para a minha geração tal como Harold Bloom está para a geração anterior. A ideia não é minha, li-a algures. Só que Wood escreve para o leitor comum e Bloom para Academia. Só li um livro de Bloom: o incontornável A Angústia da Influência. Já uma vez aqui fiz referência a isso e à experiência que foi ler esse incontornável e inenarrável livro. Agora leio Wood: A Mecânica da Ficção. A experiência está a ser completamente diferente. Wood eu consigo descodificar e entender.
2 comentários:
'tou-me a cagar para os dois :-)
a diferença parece-me que vai além da compreensão: bloom, no seu arrazoado teórico, parece estar sempre a querer construir cânone. já wood, escreve com humor e desempoeiramento sobre um conjunto de textos de ficção que ele leu e releu e, na generalidade dos casos, gostou.
parece-me, mesmo, que a diferença é essa: o gosto.
com harold bloom estamos a olhar para um monumento, com james wood estamos a partilhar uma coisa de que gostamos.
é também por isso que eu prefiro o wood.
boa leitura!
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