Rowan Atkinson - A Warm Welkome
A partir dos 16 anos comecei a ter algumas questões por resolver com Deus. Coincidiram, de certa forma, com o crisma. Sim, sou crismado (sempre quis ser padrinho de alguém mas nunca ninguém me convidou). E, coincidiram, também, com as primeiras leituras de Kierkegaard e Nietzsche. A partir dessa altura tem sido um carrossel. Não sei se já repararam mas não acredito muito na existência de Deus ou de deuses. Tal facto devia, por si só, resolver todas as questões por resolver com Deus: se não acredito Nele não deveriam existir questões com Ele, deveria viver a minha vida em plena Liberdade, sem me preocupar com castigos e com o fogo eterno. Só que não consigo. Até hoje não consegui eliminar toda a tradição romano-cristã em que fui educado. Resumindo: não me consigo ver livre do padre que há em mim.
4 comentários:
eu nunca quis ser padrinho de ninguém, mas vou a caminho do quarto afilhado...
Olha, eu ainda fui catequista. Depois, percebi que andava a pregar os meus preceitos em lugar dos preceitos do Senhor (com quem, de resto, nunca tive grandes questões por resolver) e fui embora. Não tenho saudades.
nem do sabes da missa a metade...
não renuncio a nada do que aprendi. tenho muitos valores, quiçá a mais, mas apesar de tudo foi uma forma de educação.
concordo contigo porque me pesa a consciência por coisas disparatadas. admito que há um conflito interior entre o que aprendi e o que passei a questionar.
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