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Ao contrário daquilo que podem estar a pensar, a minha vesícula não está a sofrer devido aos excessos de ontem. A passagem de ano foi calma. Um bacalhau grelhado ao jantar – que estava divinal – e um pouco de champanhe quando soaram as doze badaladas. Depois, um pouco de televisão e às três da manhã já estava na cama. Acordei hoje às nove da manhã. Não vou continuar a dizer como foi o resto do dia, pois o principal problema deste local é a tendência para o seu autor se revelar demasiado, para se expor sem, na realidade, se expor. Tudo o que eu posso estar para aqui a dizer pode ser, na realidade, uma grande mentira. Quem garante ao leitor que o eu que escreve é, na realidade, o eu que vive. É a velha questão de sempre.

1 comentário:

R. disse...

E quem diz que o eu que aqui comenta é, na realidade, o eu que vive?
Ano novo, questões velhas. :)
Bom Ano!