Há quem tenha pedra na vesícula. Eu tenho a vesícula preguiçosa. Ter vesícula preguiçosa não é muito agradável. É como ter um grevista permanente no nosso organismo (não quero dizer com isso que os grevistas são preguiçosos: eu próprio já fiz várias vezes greve). Em primeiro lugar: temos que ter muito cuidado em escolher aquilo que comemos. Nada de leite, ovos, café, feijoada – principalmente à noite. Bebidas: só água e chá. Em segundo lugar: estamos sempre com uma sensação estranha de estar cheios mas com fome. E não podemos esquecer que a vesícula é fundamental para uma boa digestão. E para a escrita. Se a vesícula não trabalhar, como deve trabalhar, o escritor não consegue libertar-se, através da escrita, da bílis que o consome. A vesícula é necessária para quem escreve. Ela é o centro nevrálgico de toda a criação literária. Sem uma vesícula a funcionar correctamente, nunca teríamos a oportunidade de ler Homero, Kafka, Joyce, Musil, Dostoievski, Rimbaud, Lowry (ok, talvez Lowry seja a excepção, pois com a quantidade de álcool que ele consumia, a sua vesícula há muito que estaria desactivada) entre outros. A vesícula é fundamental. Sem ela não existiriam blogs. Não existiria este blog, o que talvez não fosse mau de todo.
Vesícula e outras miudezas
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3 comentários:
não seria má ideia, se assim quiseres, responder a um petit cine-desafio que lancei lá no cicio e que anda em voga pela blogaria nacional. se quiseres, claro está. muito obrigada.
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Grandes verdades.
... e sem amor?
Abraço
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