O que acontece é que estas pessoas que procuram uma equivalência entre Chega e PCP, tão aparentemente indignadas com o ascenso da extrema-direita, acabam sempre por dirigir o tiro político para o mesmo inimigo de sempre, o seu verdadeiro adversário, aquele que, mesmo na mó de baixo, enfarinha as suas irreprimíveis emoções: os comunistas portugueses que, irritantemente, apesar de todas as crises, apesar dos seus erros, apesar das suas sucessivas quebras eleitorais e apesar de todas as declarações antecipadas de morte, ainda valem em Portugal mais de 200 mil votos e elegem 4 deputados, muito acima da extinção parlamentar que as sondagens, durante quase toda a campanha eleitoral, vaticinaram...
Ó verdadeiros, únicos e genuínos democratas: têm de trabalhar mais, porque ainda não foi desta que mataram o PCP.
O Chega veio substituir o PCP?
Diário de Notícias, 13 de Março de 2024
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